A pergunta que não quer calar ... o que é TERAPIA OCUPACIONAL?
- dralucianabuin
- 16 de fev. de 2023
- 2 min de leitura
Atualizado: 6 de out. de 2024
Não é raro em minha prática clínica eu ouvir esta pergunta. E tenho enorme prazer em explicar, pois compartilhando a informação ela pode ser mais bem aprendida.
Desde minha graduação, sinto que mais profissionais entendem o papel do terapeuta ocupacional na equipe de saúde, mais encaminhamentos são feitos a nós e mais clientes pensam em nos procurar.

Com aproximadamente 20 mil profissionais formados no Brasil, ou seja, 1 terapeuta para cada 10,4 mil habitantes, somos chamados de raros e penso, que por isso, muitas pessoas ainda desconhecem nosso trabalho.

Nascemos por demandas físicas e psíquicas que surgiram em meio às Grandes Guerras sempre com foco na rotina das pessoas, nas suas atividades de vida diária (para a história completa ouça o áudio), sendo a OCUPAÇÃO HUMANA nosso núcleo de estudo, nosso domínio, nossa expertise.
Esclarecendo, nós terapeutas ocupacionais estudamos tudo que envolve o fazer. Não apenas na sua possibilidade (fazer ou não fazer), mas nos detalhes envolvidos em seu desempenho, na subjetividade, na experiência vivenciada nas atividades. Fazer é ação, sentimento, envolvimento.
Então, quando algo impede uma pessoa de realizar suas ocupações, de executar seus fazeres, um terapeuta ocupacional deve ser chamado. Nós realizamos o que chamamos de análise de atividade, que é investigar cada detalhe envolvido na atividade (quais músculos, funções, ações, sentimentos, equipamentos, experiências acontecem na atividade), e assim, planejamos nossas intervenções em busca da melhor participação nas ocupações, na melhor organização da rotina, na melhor satisfação em fazer.
O terapeuta ocupacional estuda muito para isso. Nossa grade curricular de longos cinco anos possui muitas disciplinas, práticas e reflexões que nos preparam para atuar com o fazer humano. Entre as matérias que estudamos se encontram anatomia, fisiologia, sociologia, psicologia, disciplinas inteiras voltadas para prática de análise de atividade e experiência em recursos voltados para o fazer. Lindo, não?
Quando nos formamos, somos o que chamamos de generalista. Como o médico que se forma e ainda não possui uma especialidade. Assim, podemos seguir nossas carreiras nas áreas de Saúde Mental, cuidando de casos como Esquizofrenia, Depressão, podemos atuar no campo Social com pessoas em situação de risco ou na área de Saúde Física, onde atuo. Podemos trabalhar com pessoas de todas as idades e em diferentes contextos (Saúde Básica, Hospitais, Domicílios, Instituições, etc).
Segui meu caminho pela área de Saúde Física e busquei me aprofundar e especializar dentro deste campo. Possuo conhecimentos que são multidisciplinares, ou seja, que diferentes profissionais compartilham em prol da pessoa mais importante no jogo, que é nosso cliente/paciente. No entanto, antes de qualquer especialidade, sou terapeuta ocupacional com muito orgulho e busco priorizar objetivos voltados para o cerne de minha profissão, que é a ocupação humana.
Quer saber mais? Terei o prazer em te contar.....fica por aqui comigo!
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